Para as mamães de primeira viagem, pensar sobre o parto gera um misto de sentimentos e emoções.
Por um lado, o desejo intenso de ver a carinha do seu bebê pela primeira vez. Por outro, algumas inseguranças e as incertezas de algo que é novo para você, somado ao desejo de que tudo ocorra bem.
Essa mistura de sentimentos é normal e pode ser aliviada ainda no início da gestação.
O plano de parto, por exemplo, é uma tarefa que ajuda a preparar o momento do nascimento, manter a calma e organizar a chegada do pequeno.
Além disso, ler, buscar informações sobre o tema e orientações médicas é fundamental.
Por isso, futuras mamães, neste artigo, vamos tratar sobre os tipos de parto, como funcionam e quais suas principais vantagens e desvantagens.
Qual o tipo de parto mais comum?
Dados da Organização Mundial da Saúde – OMS apontam que o Brasil é o segundo país com maior número de cesáreas no mundo.
Em torno de 55% dos partos realizados são cesáreas, enquanto o número recomendado pela OMS para este tipo de parto é de apenas 15%.
A razão desse número pode estar atrelada a alguns estigmas e inseguranças criadas em relação ao parto natural, como por exemplo, a dor durante o trabalho de parto.
Nesse cenário, nascem algumas iniciativas para estimular as mulheres a compreenderem melhor o que é bom para elas e para os pequenos.
Além do plano de parto, os cuidados nos primeiros 1000 dias, do início da gestação ao 2º ano da criança, contribuem para fortalecer a saúde da mulher e do bebê, seu bem-estar e qualidade de vida.
Quais são os tipos de parto que existem?
Basicamente, existem dois tipos:
- Parto vaginal/normal;
- Parto cirúrgico/cesariana.
Todos os demais que você já ouviu falar são variações ou modalidades do parto vaginal.
Mas fica tranquila, que vamos explicar cada um deles a seguir.
Parto Vaginal/Normal
Como o próprio nome diz, é algo normal.
O corpo da gestante, em determinado momento, se encarrega de dar as coordenadas para o nascimento do bebê.
Inicialmente, é o tipo de parto indicado para todas as mulheres por ser algo espontâneo.
Nada impede, no entanto, a realização de intervenções durante o processo, como forma de preservar a saúde da mãe e do bebê.
Também podem ser usadas medicações para induzir as contrações e anestesia para aliviar dores e desconfortos. Tudo depende do que foi combinado entre a gestante e o seu médico ainda durante o pré-natal.
Parto Natural
Não deixa de ser um parto normal, porém, com o mínimo de intervenções.
Nele, quem dá os comandos do parto é o corpo da mulher. Tanto que algumas preferem realizá-lo em casa.
Não há uso de anestesia ou qualquer medicação, pois a ideia é que o bebê venha ao mundo da forma mais natural possível.
Mesmo nesse tipo de parto, é importante ficar claro que a presença de um profissional capacitado é fundamental, com o intuito de garantir a saúde de ambos, mamãe e bebê.
Qual a diferença entre parto normal e parto natural?
Um parto normal, nem sempre é natural.
O uso de medicações para acelerar as contrações, anestesia ou mesmo instrumentos como o fórceps, descaracterizam o nascimento como algo que ocorreu naturalmente.
O parto natural acontece sem intervenções e de acordo com o tempo e as características de cada mulher.
Parto na Água
Pode ser realizado em uma banheira ou na piscina. O importante é que a água esteja morna e a gestação tenha sido saudável, sem complicações para a mãe ou o bebê.
A água morna alivia as tensões do corpo e dilata o colo do útero, o que torna o trabalho de parto mais rápido e menos doloroso para algumas mulheres.
A sensação de bem-estar se estende também ao bebê, que mergulha diretamente na água morna ao nascer. Ele continua respirando por meio do cordão umbilical e não há risco de afogamento.
Da mesma forma, o parto deve ser acompanhado por profissionais capacitados.
Parto de Cócoras
Parece estranho, mas é uma posição que facilita o nascimento do bebê.
Ao contrário da conhecida posição deitada de barriga para cima, ao ficar de cócoras a mulher conta com uma ajudinha da gravidade.
Além disso, a musculatura da pelve e do abdômen fica mais relaxada, o que facilita o nascimento do pequeno.
Para realizar o parto de cócoras, é fundamental que o bebê esteja com a cabeça para baixo, não seja muito grande (acima de 4kg) e a mamãe tenha a dilatação necessária.
Parto Leboyer
Também conhecido como “parto sem violência”, tem como principal objetivo não estressar o bebê durante o nascimento.
Ele foi criado pelo médico francês Frédérick Leboyer, na década de 70, com o intuito de tornar o processo menos traumático para os bebês.
Nesse tipo de parto, o cordão umbilical é cortado somente ao parar de pulsar. O ambiente deve estar tranquilo, silencioso e com pouca luz.
Parto de Lótus
Ao contrário dos demais tipos de parto, no de Lótus o cordão umbilical não é cortado logo após o nascimento.
Assim, tanto o cordão quanto a placenta permanecem com o bebê em seus primeiros dias de vida.
As mamães que aderem a esse tipo de parto, entendem que não há necessidade de nenhuma intervenção.
Por isso, optam por deixar o cordão se desprender naturalmente, o que ocorre entre 7 e 10 dias após o parto.
No entanto, é preciso conversar com seu médico e estar atenta aos cuidados especiais com a higiene da placenta durante esse período.
Parto domiciliar
É o parto feito em casa.
Nesse formato, a futura mamãe fica mais à vontade no seu espaço e rodeada por pessoas próximas e de confiança.
Mesmo no conforto do seu lar, no entanto, é necessário uma equipe médica para acompanhar todo o processo.
Além disso, é indicado para gestantes que tiveram uma gravidez tranquila, sem complicações e que não apresentam nenhum fator de risco.
Parto desassistido
Acontece quando a futura mamãe opta por realizar o próprio parto, com o companheiro(a) ou a família, sem a presença de uma equipe médica.
De forma genuína, muitas mulheres acreditam que sabem parir e bebês sabem nascer. Logo, o corpo se encarregará de dar os sinais necessários para que os pequenos venham ao mundo.
Nesse tipo de parto, a gestação precisa ser saudável e sem complicações. A mãe e o bebê não podem apresentar nenhum fator de risco.
Em caso de problemas durante o parto, não haverá nenhum profissional capacitado para atender a ocorrência.
Parto Cirúrgico/Cesariana
A cesárea é uma cirurgia, embora a mãe possa permanecer acordada e assistir ao nascimento do seu bebê.
De acordo com a OMS, este procedimento deve ser indicado somente quando a gestação apresenta fatores de risco, que inviabilizam o parto natural.
No entanto, no Brasil, os partos cirúrgicos chegam a mais de 80% na rede privada.
A recuperação das mamães é mais demorada nesse tipo de parto, sem contar a exposição aos fatores de risco inerentes a qualquer cirurgia.
Parto Humanizado
Ao contrário do que muitas pessoas pensam, o parto humanizado não é somente o parto natural. A cesárea também pode ser humanizada.
Isso porque humanizar significa seguir os princípios preconizados pelo Ministério da Saúde e pela OMS.
Ou seja, respeitar a mulher acima de tudo para que o seu parto seja um momento único e especial. Não expor a futura mamãe a intervenções desnecessárias e dar liberdade para que ela esclareça suas dúvidas e faça suas próprias escolhas.
A escolha é sua
Mamãe, como você pode perceber, os tipos de parto são muitos. Assim, independente da sua escolha, procure obter o máximo de informações.
Esclareça suas dúvidas com a equipe médica durante as semanas de gestação e converse com seus familiares sobre a opção escolhida.
Munida de conhecimento, ao lado de uma equipe de sua confiança e com o apoio da família, certamente seu parto será um momento mágico, especial e inesquecível. Exatamente do jeitinho que você sonha!
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