Imagem com uma roupinha de bebê azul, sapatinhos em azul e branco e uma imagem de ultrassom. Os elementos estão espalhados em cima de um fundo branco.

Diário da gestante: as emoções do 1º trimestre

Se eu tivesse que dar um nome ao 1º trimestre da gestação, certamente seria montanha-russa, e acredito que muitas mamães concordariam comigo. Sentimentos de preocupação e ansiedade são compartilhados com momentos de extrema alegria e gratidão, lágrimas podem facilmente se transformar em um sorriso iluminado (e vice-versa) sem nenhum motivo aparente e mesmo o desejo ardente de comer algo pode desaparecer quando chegamos diante do prato.

Sim, a gestação é um momento de altos e baixos, assim como uma montanha-russa, e é responsável por muitas mudanças físicas e também emocionais. Por isso, resolvi compartilhar com vocês, por meio de uma iniciativa chamada Diário da Gestante, alguns relatos da minha gravidez e contar um pouquinho sobre como está sendo a minha jornada como mamãe Be Generous de primeira viagem.

Meu nome é Ana Paula, tenho 37 anos, sou casada com o Thalles e estamos à espera do Pedro. Nossa história começa pelas emoções do 1º trimestre. Vamos lá?

A descoberta da gravidez

É muito difícil de saber quando estamos grávidas no primeiro mês de gestação, certo? Ainda mais quando não se está tentando engravidar oficialmente. Bem, esse foi o meu caso. 

Eu e o meu marido havíamos acabado de retornar de uma viagem de férias e a minha menstruação simplesmente não veio. Encarei isso como qualquer coisa, menos um bebê. Imaginei que pudesse ser algo relacionado à mudança de rotina, a um momento de estresse que passei antes das férias e, pasmem, cheguei até a pensar que pudesse ser menopausa precoce.

Assim se passaram 10 dias até que o meu marido passou na farmácia e perguntou se eu queria que ele comprasse algo. Eu falei: “compra um teste de gravidez, mas pega o mais barato que tiver, pois tenho certeza que vai dar negativo”. Resultado: ele comprou, eu fiz, deu positivo e eu não acreditei no teste porque ele havia comprado o mais barato (risos). Mas, pelo menos, serviu para eu mudar de perspectiva.

Na manhã seguinte, fui direto fazer um exame de sangue e no final do dia já estava com o resultado em mãos e a certeza de que realmente havia uma nova vida dentro de mim.

Compartilhando a novidade com a família e amigos

Não lembro de eu e o meu marido comemoramos intensamente a novidade porque, no fundo, acho que a ficha não tinha caído para nenhum dos dois. Ficamos felizes, com certeza, mas ainda sem acreditar. Um misto de “nossa, estamos grávidos” com “será mesmo que tem um bebê aí dentro?”.

Os dias foram passando, a primeira consulta com a médica chegou e a ideia de que seríamos papais foi se tornando mais real. Nós moramos em São Paulo e faltavam cerca de 10 dias para o Natal. Combinamos que eu iria para o Rio Grande do Sul ficar com a minha família e o Thalles iria para Minas Gerais ficar com a dele. Mesmo sendo muito recente, decidimos que a novidade seria anunciada em primeira mão para nossas famílias, no feriado, e depois para os amigos mais próximos. 

Foi lindo! Toda a emoção que não havia sido extravasada ainda, chegou feito uma avalanche. Abraços apertados, lágrimas de alegria, boas vibrações e todo o desejo de bem que alguém pode receber chegou até nós. Eu nunca havia passado por nada parecido. 

As reações foram tão amorosas e positivas que jamais serão apagadas da nossa memória e se tornaram um dos momentos mais especiais da descoberta da gestação. Também atribuo a elas a paz interior que invadiu o meu coração e me fez ter a certeza de que a minha gravidez seria tranquila e repleta de amor.

Ouvindo o coração do bebê pela 1ª vez

Grávida de 8 semanas, eu não sabia ao certo o que esperar do 1º ultrassom. O que eu mais desejava era ouvir do médico que a gestação estava evoluindo bem. Mas quando o exame começou, eu não acreditei no que os meus olhos viram.

Uma miniatura de bebê, com 1,9cm, cabeça e corpinho já em formação e, o mais fantástico, com batimentos cardíacos ritmados e totalmente audíveis. Não há palavras para descrever a sensação de um coraçãozinho batendo dentro de você em tão pouco tempo e em um serzinho tão pequeno.

Saí da clínica vibrando de alegria, fazendo fotos do laudo do exame e anunciando a boa nova para os amigos que ainda não sabiam. Afinal, acabara de ter mais uma prova de que estava tudo bem com o nosso pequeno e isso era um motivo gigantesco para comemorar.

A revelação do sexo

Não sei explicar o motivo, mas eu sempre tive certeza que seria mãe de um menino, mesmo antes de engravidar. Alguns acreditaram na minha intuição de mãe, mas a maioria não. Fiz uma enquete no Instagram e mais de 70% dos meus amigos votaram em menina.

Como eu estava muito ansiosa para saber o sexo, mal consegui esperar até a 11ª semana  para fazer o exame de sexagem fetal (período em que os resultados são mais assertivos). Fiz a coleta de sangue em uma terça-feira pela manhã e o laboratório informou que o resultado seria divulgado somente na próxima segunda.

Mas é claro que eu não iria passar o final de semana inteiro pensando nisso. Na quinta-feira pela manhã, acessei o site do laboratório e passei a atualizar a página de resultados de exames de hora em hora para saber se o laudo já estava disponível. E qual foi a minha surpresa quando o laudo apareceu no meio da tarde? Quase enfartei (risos).

Não havia como aguardar mais nenhum segundo. Abri na mesma hora e confirmei a minha intuição: MENINO. Ah, que sensação maravilhosa! Meu pequeno estava ali, como sempre imaginei que seria. 

Fui ao shopping, comprei uma roupinha linda, coloquei em um caixa, juntamente com o exame, e deixei tudo prontinho para entregar ao papai Thalles quando ele retornasse de viagem na sexta-feira. Ele também ficou radiante com o resultado e lá fomos nós fazer chamadas de vídeo para contar a novidade aos nossos familiares, que também já estavam ansiosos para saber.

As principais mudanças no corpo e na mente

Para muitas mulheres, o primeiro trimestre da gestação pode ser um momento desafiador, principalmente pelos sintomas físicos, como enjoos, sono ou indisposição. Para mim, foi um momento muito tranquilo. 

Fisicamente, senti apenas meus seios mais volumosos e doloridos, o intestino mais lento, uma fome de leão e a barriga levemente arredondada. Acredito que em virtude de ser muito magrinha, o Pedro acabou dando as caras logo cedo. Por isso, no final dos primeiros 3 meses, eu já estava com uma barriguinha bem aparente. 

Emocionalmente também fiquei muito bem. Não sei explicar, mas uma sensação de paz invadiu o meu corpo e eu me sentia extremamente calma e segura em relação a essa nova fase e ao desenvolvimento do meu bebê. É claro que me tornei mais sensível e as oscilações de humor também ficaram bem perceptíveis (Thalles que o diga), mas ainda assim eu estava leve e muito feliz. 

Continua…