Imagem de mãe e bebê logo após o parto. A mãe está deitada em contato pele a pele com o bebê, que está de bruços sobre o seu peito. Eles estão olhando um para o outro.

Diário da gestante: o parto, a experiência mais incrível da minha vida!

Um dia para guardar na memória e no coração. Um momento em que as palavras fogem e a emoção toma conta. Ver e sentir seu bebê nos braços pela primeira vez é algo indescritível. Mesmo assim, eu não poderia deixar de relatar como foi o meu parto.

Para você que está chegando agora, meu nome é Ana Paula, sou casada com o Thalles e mãe do Pedro. Participo de uma iniciativa chamada Diário da Gestante, em que compartilho um pouco da minha experiência como mamãe Be Generous de primeira viagem. 

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E aí, curiosos para saber como foi o grande dia? Vamos lá!

O início do grande dia

Tudo começou bem cedo, mais precisamente às 2h30, no dia 25 de julho de 2023. Eu havia acabado de completar 39 semanas de gestação e me sentia cheia de energia, sem nenhum sinal da chegada do Pedro. No dia anterior, trabalhei normalmente, fiz a rotina da casa e fui para a academia. Mal sabia eu que seria meu último treino com o pequeno na barriga.

Fui dormir por volta das 23h e às 2h30 da manhã acordei com muita vontade de ir ao banheiro. Quando comecei a levantar da cama ouvi um pequeno estalo e, imediatamente, um líquido quente começou a escorrer. Pulei da cama na hora e chamei o Thalles. Minha bolsa havia estourado.

O misto de sentimentos que surgiu a partir desse momento foi incrível. O primeiro passo foi entrar em contato com a minha doula, que me orientou a ficar calma e a descansar até o início das contrações. Mas a adrenalina já estava a mil. Como poderíamos dormir sabendo que nosso bebê estava prestes a chegar?

As contrações

Thalles e eu até tentamos cochilar, mas não conseguimos. Às 5h30 optamos por levantar da cama e tomar um café da manhã até que meu corpo decidisse entrar em trabalho de parto.

Não demorou muito. Às 6h15 minhas contrações iniciaram, já ritmadas e fortes. Falei novamente com a doula, que me pediu para entrar embaixo do chuveiro e tentar relaxar até que ela chegasse, juntamente com a enfermeira obstetra. Nesse momento, minha mãe já estava acordada e um pouco aflita, com medo de que eu parisse em casa (risos). 

Quando a doula e a enfermeira chegaram, por volta das 8h, as dores estavam intensas e não havia dúvida que eu estava em trabalho de parto ativo. Thalles preparou um café e a doula iniciou alguns procedimentos para o alívio da dor, mas meu corpo já trabalhava de forma acelerada para o nascimento do Pedro.

Foi quando a enfermeira percebeu e decidiu me examinar para verificar como estava a dilatação. Ela examinou, conferiu novamente e falou: “Vamos para o hospital!”. Eu pensei: “Já?”. Thalles repetiu: “Para o hospital?”. Sim. Para o hospital e rápido. Eu já estava com 9 cm de dilatação.  

Na sala de parto

Como o trajeto até a maternidade dura em média 40 minutos, foi a maior correria. Tanto que, ao chegarmos no hospital, o Thalles foi encaminhado para a sala de parto antes do que eu (até hoje a gente ri disso). Eu já estava com vontade de fazer força e o Pedro poderia nascer a qualquer momento, certo?

Não exatamente. Cada corpo trabalha de uma forma. Apesar de estar com dilatação máxima, Pedro desceu lentamente e demorou 6 horas para nascer. Durante esse tempo foram feitos vários exercícios para ajudar nosso pequeno, algumas medidas para alívio de dor, pausas para comer e beber algo, música e muita conversa entre nós e com ele também.  

É claro que o cansaço bateu forte em alguns momentos e cheguei até mesmo a duvidar que conseguiria o meu tão sonhado parto natural. Ainda assim, posso afirmar que as horas que se passaram não foram de sofrimento, mas de muita concentração e preparação para receber o nosso pequeno.

Nasceu!

Estava tudo indo bem até que, do nada, minhas contrações diminuíram e se tornaram mais espaçadas. Pedro estava sendo monitorado o tempo todo e seus sinais vitais estavam ótimos, mas sem contrações não tinha como nascer.

Aguardamos mais um pouco até que a enfermeira sugeriu o uso de ocitocina para retomarmos o ritmo. Não sei se o Pedro ouviu isso e não gostou (risos), mas imediatamente minhas contrações voltaram fortes. Tanto que, em poucos minutos, meu pequeno veio ao mundo em um lindo parto natural, sem qualquer intervenção.

Golden hour: com meu pequeno nos braços pela 1ª vez

Sentir o Pedro pele a pele foi, com certeza, o momento mais incrível da minha vida. Não acreditei quando recebi aquele bebê fofo e quentinho nos meus braços. Saí da banqueta, deitei na cama e logo ele ficou aconchegado no meu colo, acariciando meu peito com a mãozinha e olhando fixo para mim. Uma explosão de amor!

A equipe de pediatria da maternidade foi maravilhosa e nos deixou à vontade para curtir a nossa golden hour em família. Quando o cordão umbilical parou de pulsar, o papai Thalles pôde cortá-lo, tornando esse momento ainda mais especial para ele. Foi simplesmente lindo!

Assim, no dia 25 de julho de 2023, às 17h16, nasceu o nosso Pedro, pesando 3,350kg e medindo 51cm. Um bebê lindo e saudável, em um ambiente repleto de carinho 💙!

Imagem de um bebê recém-nascido. Ele tem a pele clara e está com bracinhos para cima. Veste uma touca verde clara de linho, luvas e colete da mesma cor e material. Abaixo do coleto está um body de malha off white.

A importância de se preparar para o parto

Quem me acompanha desde o início, sabe do meu desejo de ter uma parto natural e de como eu coloquei isso como uma prioridade logo que descobri a gravidez. 

Agora, depois de passar pela experiência do parto, posso dizer que cada segundo da minha preparação valeu a pena. A busca por profissionais alinhados com as minhas expectativas e desejos, os exercícios físicos, os cuidados com a alimentação, um pré-natal de qualidade e o conhecimento adquirido durante toda a gestação foram fundamentais para que a minha experiência de parto fosse a mais positiva possível.

Tudo isso foi muito importante para que eu pudesse me manter concentrada e firme durante todas as fases do trabalho de parto, consciente de que meu corpo estava trabalhando para que o meu bebê chegasse bem e saudável. Eu fiz o que precisava ser feito sem medo, pois sabia que estava bem amparada.

Uma boa preparação para o parto permitiu que eu me tornasse a protagonista do dia mais importante da minha vida e fizesse o melhor para a chegada do meu pequeno, uma sensação de dever cumprido que não tem preço!

Continua…